sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Produção de flyers para eventos é viabilizada pelo Goma Card

O espírito de trabalho colaborativo do coletivo Goma está ainda mais forte no início deste ano. Há uma semana lançamos o nosso Programa de Produção e Comunicação Colaborativa, escancarando as portas de nosso espaço para as ações de agentes e comunicadores locais.

Nesta semana, uma das demandas para a divulgação dos eventos acabou sendo coberta de forma colaborativa. Pelo valor de Gc50 (50 Goma Cards), recrutamos alguns designers locais para criar os cartazes das noites, a Festa Mamute, importada de Brasília, e a Noite Fora do Eixo, com as bandas Vandaluz e Maldito Sudaka.

O resultado você vê a seguir:

Clique nos flyers para ampliá-los.
Flyer produzido por Lucas "Ainon" Andrade.
Portifólio: www.ainon.com.br
Flyer produzido por Marco Paulo Henriques
Idealizador do Páginas Vazias Zine

O espaço pretende trabalhar com essa mesma dinâmica de produção de flyers nos próximos eventos. Para o Grito Rock Uberlândia, inclusive, outro designer local já está sendo convocado para trabalhar em Goma Card.

Saiba mais sobre os eventos que agitam o Espaço Goma neste final de semana acessando www.gomamg.blogspot.com.

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

3º Observatório Fora do Eixo

3° OBSERVATÓRIO FORA DO EIXO

Formalização dos coletivos e ações para unificar e coletar dados dos trabalhos no centro da discussão

Criado a partir da necessidade de um núcleo voltado para pesquisas sobre os temas ligados à cultura independente, trabalhados pelo próprio movimento dentro do Circuito Fora do Eixo, o Observatório Fora do Eixo chega a sua terceira edição com o tema Formalização de Coletivos.

Usando a internet como base de seus trabalhos e na conexão com outros coletivos, esse observatório tem como objetivo orientar a estruturação dos coletivos, implementando uma moeda, coletando trabalhos desenvolvidos pelo Circuito, estimulando a troca de tecnologias sociais e promovendo mais uma frente gestora na rede.

A 3° edição do Observatório acontece entre os dias 27, 28 e 29 de janeiro na sala do Observatório Fora do Eixo a partir das 20h e será dividida em dois grupos: grupos de discussão (GD) e grupos de trabalho (GT).

Os grupos de discussão tratarão dos temas de cunho jurídico, conceitos e teorias que envolvam a formalização e estruturação dos coletivos e modelos de organização.

Já os grupos de trabalho abordarão soluções e sugestões para a Sustentabilidade, com base na coleta dos dados das ações dos coletivos, tanto para a rede como suas próprias.

Mediados por membros do Circuito, os grupos de discussão receberão 3 convidados, com duração de uma hora de exposição mais uma hora de discussão via MSN do Fora do Eixo, além da transmissão via Web Rádio Fora do Eixo. Os temas dos painéis são: As diferentes naturezas jurídicas, Modelos de organizações coletivas e Mecanismos de captação de recursos. Os mediadores recebem as perguntas via freenode e repassam aos convidados. Os grupos de trabalho tem início depois dos grupos de discussão, com duração de duas horas, segmentado em Apresentação do mapeamento dos CNPJ's do Circuito Fora do Eixo, Implementação da moeda complementar e Fundo Fora do Eixo.

27/01 - quarta-feira - 20h
GD - Mecanismos de captação de recursos (Editais Nacionais e Internacionais, Convênios, Leis de Incentivo)

Palestrante: Chico Maia / Bauru (SP)

GT - Fundo FDE


28/01 - quinta-feira - 20h
GD - As diferentes naturezas jurídicas (Cooperativas, Associações, Fundações, Oscip's, Micro empresas, etc)
Palestrante: Re


GT - Apresentação do Mapeamentdo dos CNPJ's do FDE

29/01 - sexta-feira - 20h
GD - Modelos de organizações coletivas (conselhos municipais e movimentos sociais)
Palestrante: Luis Carlos Sabadia


GT - Implementação da moeda complementar (CARD)

O 3° Observatório Fora do Eixo acontece entre os dias 27 e 29 de janeiro, a partir das 20h (horário de Brasilía).

Veja a programação completa e saiba como participar emwww.observatorioforadoeixo.wordpress.com/

Sobre o Circuito Fora do Eixo:

É uma rede de trabalhos on line criada no fim de 2005 a fim de estimular a circulação de bandas, tecnologia de produção e produtos, com um esquema de trabalho colaborativo composto por mais de 40 coletivos, espalhados pelo país. Saiba mais em www.foradoeixo.org.br. Acompanhe também pela Web rádio no portal Fora do Eixo.

Mais informações:

Massa Coletiva - Núcleo Cooperativo de Comunicação e Cultura

telefone 16 3412-7124

massacoletiva@gmail.com

www.massacoletiva.blogspot.com

Lumo Coletivo – Comunicação

Laura Morgado

telefone: 81 3361-8171

lauralumo@gmail.com

www.lumocoletivo.org.br

Coletivo Catraia

telefone: 68 9984-2692/ 9974-3616

catraiacard@gmail.com

coletivocatraia@hotmail.com

www.coletivocatraia.blogspot.com

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Projeto Teia


Hoje, no campus da Universidade Federal de Uberlândia, foi elaborado um novo projeto que buscará linkar os empreendimentos solidários da cidade. A idéia surgiu atravéz da ligação do Grupo Tamboril com a Incubadora de Empreendimentos Solidários - PROEX - UFU. Fui logo acionada por Breila, membro do Tamboril, pra desenvolvermos juntas o projeto.

Estamos ainda na fase embrionária, mas a idéia é que acontecam eventos mensais na universidade onde seráo promovidos debates, oficinas, e várias formas de apresentação cultural. Na próxima semana levaremos o projeto à Dicult e trago as novidades para todos aqui.

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Circuito Fora do Eixo implanta Relatórios mensais na rede

Nunca foi novidade a utilização da ferramenta relatório para a sistematização de dados dentro do Circuito Fora do Eixo. Porém ontem em reunião geral da rede, oficializou-se a implementação de Relatórios mensais, elaborado e distribuído pelos Pontos de coordenação regional.

A idéia é garantir uma periodicidade de coleta geral das ações praticadas e planejadas territorialmente, pelo Circuito Fora do Eixo...

Confira a matéria completa no blog Cubo Card.

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Toque no Brasil inaugura nova etapa de circulação para a música independente brasileira






Toque no Brasil inaugurará uma n
ova fase de circulação no país
A ferramenta possibilitará que rotas, circuitos e contatos sejam mapeados. A inauguração do projeto será realizada nesta terça, dia 05, quando a rede social entra no ar com mais de 500 vagas para o Grito Rock 2010



Imagine uma banda e/ou artista realizando uma turnê de vinte e dois dias, saindo de Fortaleza (CE) e chegando ao Rio Branco (AC) com dois days off apenas (dias livres, em português) e com um custo razoável. Imagine também essa mesma banda ou artista operando essa produção com o auxílio de um 'guia' da música independente, acessível a partir de um endereço online, onde o sujeito tem a chance, após a turnê, de tecer comentários sobre as rotas, sobre o atendimento dos locais, sobre o som, ou quaisquer outras informações que julgue pertinente compartilhar, construindo assim um grande banco de dados coletivo, capaz de promover trocas de impressões, experiência e garantindo mais facilidades para a realização de próximas turnês.

Pois bem, a compilação dessas duas imagens é a proposta de trabalho que o projeto Toque no Brasil inaugura com o seu lançamento, a ser realizado nesta terça-feira, dia 05 de janeiro, no endereço virtual www.toquenobrasil.com.br. O projeto é uma iniciativa pioneira no Brasil e tem como meta propor um novo conceito de agendamento de shows, circulação de artistas e turnês baseados em uma plataforma 100% virtual em sua negociação, que garantirá o mapeamento e acesso de artistas a circuitos e rotas brasileiras, construídas a partir da colaboração e contato direto dos usuários do sistema.

Fabrício Nobre, presidente da Abrafin (Associação Brasileira de Festivais Independentes), uma das entidades realizadoras da ação (ver relação completa abaixo), cita o SonicBids.com - site americado que conta hoje com milhares de cadastrados - para explicar as vantagens que a ferramenta brasileira promoverá no mercado da música independente nacional. "O SonicBids auxilia a negociação de mais de 60 mil shows ao ano. A idéia que é o TNB facilite do mesmo modo esse relação entre bandas, festivais, casas, coletivos e outros agentes interessados em se apresentar no Brasil". diz. "Lembrando que a ferramenta é apenas uma plataforma virtual de negociação, e que os esforços, tanto de investimento para a circulação e outros, deverão ser feitos pelos agentes envolvidos na transação e não pelo TNB", sublinha ele.


A Abrafin conta hoje com mais de 40 festivais associados, e conforme antecipa o presidente, vários deles disponibilizarão vagas via Toque No Brasil, onde também constará quais serão as condições de trabalho ofertadas, tais como cachês, receptivo e outros, que serão oferecidas aos artistas.

Além dos festivais, rede de casas de shows brasileiras chancelada pela Casas Associadas - outra entidade realizadora da ação - também já anunciou todo o empenho na garantia dos mais variados espaços, assim como o BMA (Brasil Musica e Arte) e o Circuito Fora do Eixo (ambas também entidade realizadoras), que contam, respectivamente, com contatos internacionais e com mais de quarenta coletivos espalhados nas mais diversas regiões brasileiras. "Com essa quantidade de espacos ofertados, será possível circular inúmeras rotas, de ponto a ponta do Brasil, durante todo o ano. Essa constância é uma das principais moedas da rede social, que facilitará o planejamento dessas açõoes como nunca vista antes no Brasil", analisa Talles Lopes, da Casas Associadas.

Para Pablo Capilé, do Circuito Fora do Eixo, essa é um uma ação de continuidade, de um planejamento que vem sendo realizado por todas esas entidades. "Com todos elementos já é possivel analisar a força que uma ferramenta dessas traz ao circuito da música independente nacional, deixando claro, obviamente, que não basta só se cadastrar, é preciso empreender", finaliza ele.


Rede Social - A lógica de rede social já é notória em virtude de exemplos como MySpace, Orkut, Twitter, Facebook, ou sites com foco específico em alguma atividade, como no caso do site de empregos Catho. A diferença entre esses citados e o TNB, no entanto, além do enfoque, é que no Toque no Brasil qualquer festival, casa de show, e/ou outros projetos de circulação poderão se associar, tornando-se, assim, um ponto de circulação no mapa geográfico virtual da rede. No caso do artista, esse poderá fazer as vezes de vendedor de shows e/ou mesmo de um avaliador dos espaços, produções e/ou outros pontos ali cadastrados.


Vale também destacar, que no TNB a negociação de shows é o vínculo entre seus usuários - seja contrante ou contratado - e em um futuro breve, essa negociação sempre poderá ser avaliada em um sistema de meritocracia - fácil de entender para aqueles que já utilizaram serviços como eBay ou Mercado Livre - onde a operação de compra e venda é avaliada por ambas as partes envolvidas no negócio. No caso do Toque No Brasil, contratados e contratantes serão incentivados a qualificar a produção de shows propiciada pela rede social. Alêm disso, o sistema garantirá acesso a contatos para bandas e artistas em geral.


Grito Rock 2010 -As primeiras vagas disponibilizadas pelo Toque no Brasil são promocionais e valem para o Grito Rock América do Sul 2010, que acontece em mais 70 de cidades das cinco regiões do Brasil, além de 4 cidades na Argentina, na Bolívia e no Uruguai: Buenos Aires, Córdoba, Montevidéo e Santa Cruz de La Sierra. Inscrições vão de 5 a 15 de janeiro, são gratuitas e podem ser feitas no www.toquenobrasil.com.br . Vale destacar que só no Grito Rock, serão disponibilizadas mais de 500 vagas para bandas interessadas em circular a rede de festivais.

Versão 1.0 Beta - Esta primeira versão do projeto - lançado neste primeiro momento no idioma Português - traz um formulário de cadastro para que artistas efetivem suas inscrições para o Grito Rock 2010, bem como um sistema de cadastramento de eventos, festivais, casas de shows e outros pontos de circulação inscritos. Neste primeiro momento, o projeto enfocará o sistema de georeferenciamento, que primará por iniciar a construção da base de dados proposta pelo TNB. O sistema está sendo desenvolvido em parceria com a ferramenta portuguesa Mapa de Sala, projeto também colaborativo que tem como meta mapear salas de espectáculos em Portugal e Brasil. Em maio, uma nova versão do projeto será lançada, em formato trilingue.

Realizadores - O TNB é um projeto realizado a partir de uma parceria entre ABRAFIN (Associação Brasileira de Festivais Independentes), BM&A (Brasil Música & Artes - entidade conveniada à APEX), Circuito Fora do Eixo e Casas Associadas. Mais informações sobre os realizadores podem ser encontradas nos respectivos sites: www.abrafin.org; www.bma.org.br; foradoeixo.org.br e casas-associadas.blogspot.com.

Sérgio Ugeda, da BMA, destaca, no entanto, que o atual conselho gestor formado pelas referidas entidades está aberto para a entrada de outras entidades interessadas participar do projeto. Para isso é necessário que as propostas sejam enviadas ao e-mail toquenobrasil@gmail.com.

Modelo de sustentabilidade - Dez entre dez artistas e produtores que atuam no setor da música independente brasileira afirmam que uma das principais ferramentas de sustentabilidade do músico ou banda do mercado da música atual é o show.

Tomando como parâmetro o grande mercado da música, conforme matéria publicada em março de 2009 no site the View, mesmo com o mundo vivendo um período de crise econômica, o mercado de shows musicais apresentou um crescimento de 10% em 2008, movimentando cerca de US$ 25 bilhões (entre venda de ingressos, publicidade e direitos de imagem) durante o ano.

No Brasil, especialmente se tratando do setor da música independente, a curva ascendente referente ao surgimento de novos festivais é um atestando de como o mercado de venda de shows vem se ampliando. Para se ter uma idéia, dados da Associação Brasileira de Festivais Independentes revelam que mais de novecentas bandas se apresentaram nos festivais da associação no ano de 2008; e que de 25 festivais associados em 2008, a organização saltou para 40 ao final de 2009.

Com o desenvolvimento da cadeia produtiva do setor, a tendência é que esse mercado se amplie cada vez mais, consolidando a posição do TNB enquanto uma excelente ferramenta de prestação de serviços público com o foco no atendimento de produtores, artistas ae outros empreendedores atuantes no setor da música brasileira.

sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

Sobre hoje, ontem e amanhã!

Por Pablo Capilé

Parceiros,

foto do Circuito Fora do Eixo no II Congresso Fora do Eixo

Estamos chegando ao fim do ano mais estimulante e desafiador dessa grande rede nacional que é o Circuito Fora do Eixo. O quarto ano de luta, articulação, correria, comprometimento, razão/paixão, foco, diversão, erros, acertos, conquistas, perdas e todas as demais dialéticas que um movimento como o nosso pode proporcionar, pessoal, comportamental e estruturalmente. Foi o ano onde cada um de nos se transformou em ponto fora do eixo, assumindo uma forte responsabilidade de nos representar em suas cidades, em seus estados e em suas regiões. Fator este que ajudou muito para que todos se percebessem dentro da historia toda, criassem seus respectivos lastros, suas autonomias e que contaminassem pouco a pouco todo o circuito com o tempero de cada um, com as particularidades de cada pessoa e de cada coletivo.

Saímos de pouco mais de 20 coletivos no inicio do ano e estamos fechando a tampa de 2009 com quase 50. Saímos de uma perspectiva de se montar regionais e finalizamos com 5 regionais solidas e em constante dialogo propositivo. A regional Nordeste, começou o ano com apenas um coletivo, hoje são nove, só faltando o Piauí e o Maranhão. A sudeste crescendo absurdamente com destaque para os estados de minas e São Paulo. A Norte só falta o tocantins para fechar a tampa. A centro

oeste fechou a tampa com destaque para o FDE goias. A Sul é a nossa caçula, mas com tanto potencial de crescimento quanto as outras. Conseguimos também viabilizar redes estaduais, com destaque para o Fde Minas e o Fde Goias, dialogando fortemente com as cidades do interior e ditando a tendencia organizacional para os outros estados em 2010.

Ano em que organizamos o Grito Rock America do Sul em 50 cidades do pais, preparando o terreno para os quase 80 gritos que serão realizados em 201a0. Ano em que nossos festivais se fortaleceram ainda mais, Calango, Jambolada, Varadouro, Contato, Quebramar, Novas Tendencias, Pequi, Release Alternativo, Vaca Amarela, Goma Festival, Seda, Feira da Musica de Fortaleza, Ponto CE, Fogo No cerrado, Maionese, Big Bands, Boombahia, entre vários outros.

Ano em que mais de 100 Noites Fora do Eixo Foram realizadas nos mais distantes pontos do país. E que tivemos clareza que não circulamos apenas artistas, jornalistas e produtores , circulamos conhecimento. A economia do Conhecimento gerada pelo FDE é o que nos move nessa batalha, é o que financia nosso BANCO de Estimulo e é o que gera as receitas para o posterior investimento em nosso BANCO do Futuro. Nosso CAIXA COLETIVO é nossa troca de tecnologia, de conhecimento e de estimulo. Ressignificamos a intangibilidade desses conceitos e os transformamos em combustível, material, tangível e altamente explosivo. Transformamos varias ideias e ideais em inteligência coletiva. Valorizamos o processo em detrimento do produto, os Valores em detrimento dos interesses. O indivíduo em detrimento do individualismo. O comportamento em detrimento do mercado.

Ano em que definitivamente pautamos a construção de um sistema nacional de musica independente, transformando coletivos, festivais e casas em uma força política una e umbilicalmente conectada, representadas pelas suas respectivas entidades/movimentos: CFE, ABRAFIN E CASAS ASSOCIADAS. Sistema este que capitaneou e organizou o surgimento da Rede Musica Brasil. E onde tudo começou? Em uma reunião do CFE em recife durante o Porto Musical, contando também com a presença dos parceiros de primeira ordem do MPB-Musica pra baixar e do Fórum Nacional da Música. Rede esta que fez varias reuniões durante o ano e em todas o CFE foi o movimento com o maior numero de participantes, canalizando tudo isso para a realização das Assembleias setoriais da música, coordenada na maioria dos estados por facilitadores do CFE, deixando claro o quão somos hoje o movimento cultural com maior musculatura nacional.

E alem de estrutural/politicamente contribuímos e muito esteticamente. Varias de nossas bandas citadas como revelações de 2009, como apostas para 2010. Ano onde o conceito de Artista Igual pedreiro, defendido fortemente pelo CFE virou um meme nacional, estando este no discurso de 8 a cada 10 bandas que gerenciam bem suas carreiras atualmente. Onde a Agencia Fora do Eixo tomou corpo e conquistou credibilidade suficiente para atrair bandas fora CFE, produtores, jornalistas e etc. Ano em que ficou ainda mais claro que nossa proposta de circulação de bandas novas e com pouca experiência não são cotas política e sim métodos de fortalecimento dos cenários locais, de troca de experiências e de circulação de conhecimento. Bandas novas que saíram para rodar a três anos atras hoje são lideranças fortes em seus coletivos contagiadas pelo banco de estimulo.

Ano em que potencializamos ainda mais nossas rotas, podemos hoje sair de fortaleza e chegar ate rio branco no acre, com 22 shows em 24 dias com somente dois day offs. Sem falar no nordeste, em minas, ou no centro oeste onde podemos rodar varias cidades durante vários dias sem day off nenhum. Fizemos juntos mais de 600 eventos no ano, colocando aproximadamente 2 mil bandas diferentes para se apresentar ou mais especificamente uma media de 8 mil artistas. E preparamos o terreno para mais um ousado projeto capitaneado pelo CFE em parceria com abrafin, Casas e BMA que é o TOQUE NO BRASIL. Que como todos ja sabem, vai auxiliar para que estas mais de 2 mil vagas para shows disponibilizadas pelo CFE mais as vagas em festivais e vagas nas casas possam ser viabilizadas em poucos cliques em um único site. Fazer um site como esse é fácil, difícil é ter as vagas a serem disponibilizadas e com certeza ninguém tem mais lastro que o CFE nesse sentido.

Ano onde a Fora do Eixo Discos realmente achou seu caminho. Desde o inicio do CFE em 2006, tínhamos três premissas principais de trabalho. 1- Circulação 2- Distribuição e 3- Produção de conteúdo. A primeira e a ultima caminharam de vento em popa, e a segunda nunca conseguia

engatinhar. Durante os três primeiros anos sempre foi nosso gargalo, mais complicado de se resolver e nem estou falando que resolvemos completamente, mas com certeza absoluta temos um Norte. Temos o compacto.rec, temos banquinhas em vários coletivos, temos lojinhas, vendas na intenet etc..Uma equipe focada, dedicada, que esta pouco a pouco estudando cada ponto, para entregar no fim de 2010 uma distribuidora que consegue vender/distribuir produtos em mais de 50cidades brasileiras. Difícil quem tem isso a oferecer nos dias de hoje!

Ano em que a nossa equipe de comunicação avançou absurdamente, produzindo mais de três centenas de matérias para o portal, formando correspondentes em quase todos os estados do pais. Onde nossa web radio se tornou uma realidade, ocupando vários espaços, transmitindo festivais ao vivo, reuniões, seminários e construindo uma rede de web rádios e poadcasts pelos coletivos. Onde nossa web tv também deu vários passos, fortalecendo e muito o Audivisual dentro da rede, e canalizando isso em uma grande celebração na SEDA onde a maioria dos agentes do audiovisual do cfe estiveram presentes pensando o planejamento para 2010, sem falar nas experiências bem sucedidas de transmissões ao vivo dos festivais e também das varias twitcams que rolaram por ai. E tudo isso desembocando na lançamento de nossa rede social que em breve estará no ar, deixando nossos trabalhos ainda mais dinâmicos e nossa inteligência coletiva disponibilizada facilmente para todos os que se interessarem.

Ano em que ganhamos o prêmio de mídias livres, onde ganhamos o prêmio do observatório, onde alguns coletivos se transformaram em APLs (Arranjos Produtivos Locais) e pontos de cultura. Onde somente o Fde minas, por exemplo, conseguiu aprovar mais de um milhão de reais em projetos de lei de incentivo no estado. Em que alguns coletivos movimentaram mais de milhão de reais e que todos os nossos coletivos juntos movimentaram aproximadamente 10 milhões de reais, contando festivais, eventos, casas e a sustentabilidade dia a dia de cada coletivo e de cada integrante de coletivo, aluguel, alimentação, transporte, roupa, remédio, etc, etc e etc. E o mais bacana, democratizando todas as planilhas, dando acesso a todos os números. Foi o ano onde muitos coletivos aderiram ao TEC e disponibilizaram todos os seus dados., não existem segredos em nossa

CULTURA LIVRE. Fora do Eixo tec é nosso DNA, escancarado. E tudo isso amparado por uma equipe de sustentabilidade que nos apresentou um programa solido de estruturação da rede. Elaborando projetos, participando de editais, sistematizando os relatórios e preparando o terreno para a criação de uma possível Fundação Fora do Eixo, que trabalhara entre outras coisas para fortalecer e muito nossa relação com os fundos internacionais em 2010.

Ano em que colocamos a Economia Solidaria na agenda de prioridades do debate na cadeia produtiva da musica, onde nossas moedas complementares se ampliaram e muito. Vários coletivos implantando seus cards, outros ja mapeando suas planilhas com a intenção também de desenvolver sus moedas, o poder publico investindo no desenvolvimento das moedas, os artistas , jornalistas e demais produtores digerindo melhor o sistema de credito, os coletivos fde entendendo mais a proposta e indicadores e mais indicadores produzidos e sistematizados . Ano em que o Fora do Eixo Card foi utilizado de exemplo bem sucedido eme eventos na china, Japão, Espanha, Angola,

Argentina etc e que o FDE recebeu convites para apresentar esse modelo em todos esses países em 2010. E que ficou muito claro que nossas praticas não são de coletivos de música e sim coletivos de Tecnologia Social e de comportamento.

Ano de nosso segundo congresso, no acre, na vibe do acre, no melhor lugar possível para transformarmos os avatares em pele e osso. Um momento único dessa nossa jornada, onde nos encontramos , onde construímos nossa carta de princípios e nosso regimento interno/estatuto/pacto nacional. Documentos esses que estão em fase de maturação, que se desenvolve conforme o nosso desenvolvimento, que amadurece conforme a nossa maturidade e que nada mais é que um espelho, um reflexo dessa nossa inteligência coletiva. Será sempre difícil para nós fecharmos definitivamente nossos documentos, já que somos mutantes, nos ressignificamos a cada nova adesão, a cada novo tópico na lista, a cada encontro presencial. Nos descobrimos como uma grande zona autônoma temporária, que contamina e migra. Uma organização verdadeiramente horizontal, com núcleos decisórios descentralizados, cada ponto, cada estado e cada região com autonomia total , transformando em prática a perspectiva do rizoma.

Milhares de outras coisas aconteceram em 2009, gostaria de citar cada impressão sobre os coletivos, cada detalhe, cada pequeno levante realizado, mas acho bacana que todos vocês complementassem isso tudo, relatassem suas impressões, lembrassem de de outras ações e escrevessem tudo aqui, em nosso banco do presente.

2010 já chega voando, diversos projetos acontecendo , grito chegando, Toque no brasil sendo lançado, reunião das regionais, assembleias setoriais, tudo ao mesmo tempo agora. Do jeito que a gente gosta . Hoje resolvi falar de ontem, porque são as praticas deste ontem é que nos mostram que o Amanhã sera sempre o nosso HOJE , o nosso AGORA. Nosso espaço/tempo é o mesmo do Bolt.......... mãos a obra!


São exatamente 23:55 do dia 31/12!


Feliz ano novo a todos!.


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